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A sua vitória em Motegi é agora uma memória distante. Pecco não passou do penúltimo lugar na Sprint de Philip Island, apenas superado pelo piloto de testes Pirro. «Eu estava a rodar 2 segundos mais lento do que o meu próprio ritmo nos treinos», comentou o piloto. «É difícil de aceitar.
A Ducati está em crise? Não, continua a ser a melhor moto» rematou.
O triunfo em Motegi aconteceu há apenas três semanas, mas parece uma lembrança distante para a Ducati e, principalmente, para Francesco Bagnaia. No Japão, a marca da Emília-Romanha conquistou duas dobradinhas entre a Sprint e a corrida longa: Pecco em primeiro, sempre seguido por Marc Marquez, em segundo. Em Phillip Island, por outro lado, nenhuma moto da marca italiana subiu ao pódio da corrida curta. Um facto inédito desde que esta competição existe no MotoGP. Para Bagnaia foi ainda pior: décimo nono lugar no Sprint, ou seja, penúltimo, à frente apenas do piloto de testes Michele Pirro. Um resultado que deixa perplexo o tricampeão mundial, que voltou a mostrar dificuldades, tal como em Mandalika. Nessa ocasião, ficou em último lugar na corrida curta indonésia.
Em entrevista de imprensa, Pecco tentou dar uma explicação técnica: “Observando os nossos dados, fica claro o que não funcionou: a mota movia muito. Mas não entendemos a causa disso, também porque não se trata da configuração ou da eletrônica. Ontem e durante o FP2, comecei a sentir-me melhor. Na qualificação, porém, senti algo estranho e na Sprint não consegui pilotar. Mais uma vez, senti-me como um passageiro na moto. Cheguei a ter que fechar o gás em algumas curvas porque a GP25 dancava demais”. Considerando estas dificuldades e o quinto lugar alcançado por Fabio Di Giannantonio como a melhor classificação entre os seus pilotos na Sprint, a Ducati perdeu a superioridade técnica? Bagnaia não está convencido: «Se estivesse aqui, na Austrália, Marc Marquez teria terminado no pódio. Então, talvez ainda seja a melhor moto. É rápida quando tudo funciona, mas, por alguma razão, a minha GP25 não está a funcionar normalmente».
Pecco mostrou-se duvidoso em relação à corrida de domingo: «Terminar a temporada assim é difícil. No Japão, tudo voltou ao normal. Teoricamente, não houve mudanças, então algo nos está a escapar. Se as minhas sensações forem as mesmas, amanhã será um dia difícil. Caso contrário, poderei esperar um top 5». Bagnaia reiterou o mesmo conceito ao falar com a Sky Sport: «É estranho, de manhã eu conseguia ser rápido o suficiente para pensar em lutar por um top 5, mesmo não tendo o ritmo dos dois ou três primeiros pilotos». O piloto da Lenovo Ducati acrescentou: «A Sprint de hoje foi bastante humilhante: eu não conseguia lutar, estava a rodar 2 segundos mais lento do que o meu próprio ritmo nos treinos. É difícil de aceitar. Todos nós, incluindo a equipa, sabemos que, quando encontramos a solução para os problemas, como no Japão, somos fortes». Depois, concluiu: «Peço desculpa aos fãs, eles não merecem este tipo de desempenho. Mas saibam que estamos a lutar para voltar à frente».
Fonte :https://www.gazzetta.it
